segunda-feira, 26 de maio de 2008

Syngenta e Monsanto fecham pacto tecnológico (Agência Estado)

Fonte: Agência Estado

Por Deise Vieira
23 de maio de 2008

Zurique - A empresa suíça de agroquímicos Syngenta AG afirmou hoje que chegou a um acordo com a rival norte-americana Monsanto Co. que estabelece todo litígio pendente sobre as tecnologias globais das duas empresas referentes à soja e ao milho.
As duas empresas disseram em comunicados que concordaram em estabelecer todo litígio sobre patente, antitruste e questões comerciais entre elas e suas subsidiárias.
As disputas incluem a ação antitruste da Syngenta contra a Monsanto, todos os casos de infração relacionados às tecnologias de produtos para milho tolerantes a herbicidas e de proteção contra insetos, e uma disputa entre as partes sobre tecnologia de produtos para a soja tolerantes a herbicidas.
A Syngenta e a Monsanto também decidiram permitir uma a outra o desenvolvimento e entrega de novos produtos para milho, algodão e soja tolerantes a herbicidas e para proteção contra insetos.
"Estamos otimistas de que o acordo pode ajudar a reduzir as disputas no futuro", afirmou o porta-voz da Monsanto, Lee Quarles. "Acredito que a habilidade para diminuir a disputa, para que possamos colocar os clientes em primeiro lugar, é uma prioridade."
Para Medard Schoenmaeckers, porta-voz da Syngenta, "a maior vitória do pacto é para os produtores. Temos mais flexibilidade agora para trazer novos produtos para o mercado." As informações são da Dow Jones.

domingo, 25 de maio de 2008

Conselho de Fiscalização de Transgênicos do PR: Pesquisa sobre soja transgênica tem apoio das multinacionais

Fonte: Conselho de Fiscalização do Cumprimento da Lei de Transgênicos

A pesquisa sobre a situação da produção de soja transgênica no Paraná, realizada pelo jornal Gazeta do Povo, “está comprometida em sua veracidade, já que foi conduzida pelo CIB (Conselho de Informações sobre Biotecnologia), instituto patrocinado pelas multinacionais que vendem sementes geneticamente modificadas, como a Monsanto, Bayer, Basf e Singenta”, afirmou o engenheiro agrônomo Valdiz Izidoro Silveira, presidente da Claspar – Empresa Paranaense de Classificação de Produtos.

Valdir Izidoro destaca que “a parcialidade da matéria fica clara, quando a principal entrevistada é Alda Lerayer, diretora executiva da organização pró-transgênicos. A não prática do bom jornalismo fica evidente também ao se constatar a não realização de nenhuma entrevista com quem pudesse constentar os transgênicos. Os entrevistados pró-transgênicos puderam então defender os interesses das empresas multinacionais de sementes transgênicas”.

“Este tipo de matéria – ressalta Valdzir Izidoro – nos bons tempos do jornalismo independente deveria ser tarjada com a indicação de matéria comercial, ou seja, uma edição não condizente com o isento e honesto jornalismo”.

O QUE É O CIB – O Centro de Informações sobre Biotecnologia foi criado e é mantido pelas empresas nacionais e multinacionais do agronegócio. São patrocinadores do

CIB:
Arborgen Ltda
Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA)
Associação Brasileira de Obtentores Vegetais (Braspov)
Associação Brasileira de Produtores de Semente (Abrasem)
BASF
Bayercropsciences
Cargill Agrícola
Centro de Biotecnologia Molecular Estrutural ( IFSC - USP)
Cooperativa Central Agropecuária de Desenvolvimento Tecnológico e Econômico (Coodetec)
Dannemann, Siemsen, Bigler e Ipanema Moreira
Di Blasi, Parente, Soerensen Garcia & Associados S/C
Dow Agrosciences
DuPont do Brasil
Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL)
Koury Lopes Advogados (KLA)
Monsanto do Brasil
Nestlé Brasil Ltda
Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB)
Sociedade Rural Brasileira (SRB)
Syngenta Seeds

terça-feira, 20 de maio de 2008

Brasil é denunciado por cultivo de transgênicos em reunião na Alemanha

Fonte: Agência Brasil
Por Camila Vassalo

Brasília - O Brasil está sendo denunciado internacionalmente por ambientalistas pelo plantio irregular de transgênicos. Organizações do setor entregaram a representantes de entidades internacionais reunidos na Alemanha documento que aponta falta de ação do governo brasileiro em relação a plantios ilegais e ausência de estudos de impacto ambientais das espécies liberadas pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).
Os ambientalistas estão participando da reunião de partes do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que segue até amanhã (16), em Bonn, na Alemanha. A denúncia baseia-se em dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pede a suspensão das decisões que liberaram o plantio comercial de milho transgênico no Brasil.
“Apresentamos a cinco organizações da sociedade civil essa denuncia aqui na Alemanha, na terça-feira (13). Ainda não sabemos o que vai acontecer daqui para frente. O que podemos dizer é que o Comitê de Cumprimento recebeu a denúncia e agora ela será avaliada”, disse a coordenadora da campanha de engenharia genética do Greenpeace, Gabriela Vuolo, em entrevista hoje (15) ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.
De acordo com Gabriela Vuolo, todos os documentos anexados são oficiais. Segundo ela, o Brasil foi denunciado por três motivos específicos: a ausência de estudos de impacto no meio ambiente e na saúde, a falta de ação do governo em relação aos plantios ilegais e a falta de participação popular nas decisões sobre o cultivo de transgênicos.
“O governo brasileiro foi notificado com uma cópia da denúncia, mas até o momento não se manifestou. Esperamos que o Brasil tome as medidas necessárias e que um comitê verifique o que for feito”, informou a coordenadora.
Segundo ela, os ambientalistas já haviam encaminhado uma série de perguntas para o Itamaraty questionando o cumprimento do Protocolo de Cartagena, mas nunca receberam resposta.

Para saber mais: clique aqui.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Parlamento francês diz NÃO à lei de OGMs

Fonte: BiologicoBlog

Num misto de lucidez e coragem, o Parlamento francês recusou com 136 votos contra 135 examinar o projeto de lei sobre os transgênicos. "Os deputados não aceitaram uma lei que não garantiria a não disseminação dos transgênicos nos nossos campos." O Parlamento deve agora redigir uma proposta de lei que garanta a real liberdade de produção e consumo sem OGM. O Parlamento europeu deve vetar a importação de soja e trigo transgênico para ração animal e resistir corajosamente às pressões no âmbito da Organização Mundial do Comércio. Neste contexto de crise alimentar, ATTAC (Associação para a Taxação das Transações para a Ajuda aos Cidadãos, em francês) estimula a agricultura a sair das regras do liberalismo mundial e a permitir a todos os governos de exercitar o seu direito fundamental à soberania alimentar, desenvolvendo uma agricultura mais familiar.
Comunicado da ATTAC França
Montreuil, 13 de maio de 2008.
Tradução da figura: Nem no meu prato, nem nos campos.

domingo, 11 de maio de 2008

Monsanto Claus. Cartoonist: Khalil Bendib

Cartoonist: Khalil Bendib

- This gift was to help to eradicate communism
- (agent orange, 1960s, 1970s, 4 million victims)
- ... this one is to help you eradicate any sustainable self-sufficient agriculture
- (GMO)
Vítimas do Agente Laranja processam Monsanto: http://www.corpwatch.org/article.php?id=11638

Mato resistente invade soja transgênica no Paraguai

De acordo com o Boletim 392 da Campanha Por Um Brasil Livre de Transgênicos: As plantações de soja transgênica no Paraguai estão com a gramínea Digitaria insularis, uma espécie perene de difícil controle conhecida no Brasil como capim-pororó, capim-amargoso, capim-flexa ou capim-açu. Esta gramínea está se mostrando resistente à aplicação do herbicida glifosato.

Ainda segundo o Boletim 392, o ministro de agricultura do Paraguai, Alfredo Molinas, reconheceu que o ataque da planta invasora está diminuindo o rendimento da soja transgênica, mas não informou cifras (Jornal ABC em 19 de abril). O ministro assinalou que os especialistas estão analisando métodos mais adequados para enfrentar o problema, “pensando em utilizar novamente variedades convencionais”.

Segundo a Associação de Produtores de Soja do Paraguai (APS), cerca de 70% da soja paraguaia é transgênica."
Fonte:
SciDev.Net - Science and Development Network, 01/05/2008.

http://www.scidev.net/es/news/maleza-invade-soja-transg-nica-en-paraguay.html"

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Equipe do Ibama/RS fiscalizará 49 lavouras na faixa de exclusão de transgênicos ao redor de Unidade de Conservação

Fonte: Notícias Ambiente

Começou dia 6/5 uma operação de fiscalização de soja transgênica no entorno da Floresta Nacional de Passo Fundo, localizada no município de Mato Castelhano (no Planalto Médio gaúcho). Nos próximos dois dias, uma equipe de 12 fiscais e analistas ambientais do Ibama (apoiados por soldados da Brigada Militar) deverão percorrer 49 lavouras localizadas na faixa de exclusão de 500 metros para o plantio de soja transgênica na Unidade de Conservação.

Serão coletadas amostras da planta que serão enviadas para um laboratório comprovando se a soja é ou não um Organismo Geneticamente Modificado (OGM). Segundo o analista ambiental Carlos Henrique Jung Dias, que está no comando da operação, como boa parte da soja já foi colhida eles pegam a chamada resteva, composta por folhas e grãos que estão nas lavouras.

O Decreto 5.950 de 31 de outubro de 2006 estabelece os limites para o plantio de OGMs nas áreas de exclusão que circundam as unidades de conservação.

Segundo o responsável pela Divisão de Fiscalização do Ibama/RS, Fernando Falcão, a atividade é uma fiscalização de rotina e depois do resultado das análises, caso seja constatada a presença de soja transgênica o proprietário autuado. Se o proprietário for reincidente, o valor da multa pode triplicar (o valor é proporcional à área plantada).

A Flona

Localizada no município de Mato Castelhano, distante 25 quilômetros de Passo Fundo, situado no Planalto Médio, a 280 quilômetros de Porto Alegre, possui uma área de 1.358 hectares, sendo 365 hectares de floresta nativa, 391 hectares de reflorestamento de araucária, 278 hectares com Pinus sp, 7,4 hectares de eucalipto e o restante ocupado por estradas, aceiros, capoeiras e açudes.

OGM: É adiada a decisão sobre autorização a duas variedades de milho e uma de batata na Europa

Fonte: PÚBLICO.PT
07.05.2008

A Comissão Europeia adiou hoje qualquer decisão sobre a autorização do cultivo de duas variedades de milho e uma de batata transgénicas e pediu à Autoridade Europeia de Segurança dos Alimentos (EFSA) para reexaminar os seus pareceres, até ao momento favoráveis.
“A Comissão vai pedir à EFSA para analisar melhor os elementos científicos sobre o efeito destes OGM (organismos geneticamente modificados) no ambiente e na saúde humana”, explicou Johannes Laitenberger, porta-voz da Comissão.
“A Comissão tomará estas decisões se, e quando, a EFSA confirmar a segurança destes produtos”, acrescentou, salientando que Bruxelas “confirma a sua confiança na alta qualidade dos pareceres científicos fornecidos” pela agência.
Até ao momento, a EFSA sempre emitiu pareceres favoráveis à autorização de substâncias geneticamente modificadas na União Europeia. Os ambientalistas acusam que a EFSA se apoia, sobretudo, em estudos realizados pelos próprios responsáveis da indústria agroquímica.

Os defensores do Ambiente e alguns países, como a França e a Alemanha, contestam o actual processo de autorização dos OGM na União Europeia segundo o qual, à falta de consenso entre os 27, se baseia nos pareceres da EFSA.
As variedades de milho OGM em suspenso - concebidas pela americana Monsanto, ainda que uma delas seja hoje propriedade do grupo suíço Syngenta – são variedades de milho geneticamente modificado dito “híbrido”, derivadas de produtos já existentes, com destino à alimentação humana e animal. Estas variedades foram concebidas para resistir a determinadas doenças ou parasitas.

A batata, chamada Amflora, é fruto de investigações do grupo alemão BASF. Este quer utilizar esta batata na alimentação do gado e, em pequenas quantidades, na alimentação humana.
“Pedir à EFSA (...) para verificar a segurança destas sementes, pela terceira vez, equivale a pedir a uma raposa que vigie um galinheiro”, comentou Marco Contiero, especialista em OGM na Greenpeace, em comunicado.
“A agência precisaria de reformas completas antes de importantes decisões sobre a segurança das sementes transgénicas lhes serem confiadas”, acrescentou Helen Holder, da organização Amigos da Terra.

Ministro da Agricultura disse que há possibilidades de o Brasil Importar Milho Transgênico para os Avicultores do Nordeste

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse no dia 8/5 que há possibilidade de o país importar milho transgênico, para atender necessidades dos criadores de frango do Nordeste.

Segundo ele, fica mais barato importar o produto no Nordeste do que comprá-lo do Centro-Oeste, em função das despesas de transporte.

“Isto vai ser colocado [para ex ame] na CTNBio [Comissão Técnica Nacional de Biossegurança] possivelmente ainda neste mês e não há nenhuma razão para não aprovar, até porque ela já aprovou o plantio de duas variedades de milho transgênico”.

Para Stephanes, seria interessante manter um canal aberto de importação desse produto para o Nordeste de forma administrada, mas permanente.
Fonte: Agênica Brasil, 8 de maio.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Estudo Mostra que Soja Transgênica Produz 10% menos que sua Equivalente Convencional

O estudo conduzido durante 3 anos na Universidade de Kansas demonstrou que a soja GM da Monsanto produz cerca de 10% menos que a sua equivalente convencional, contradizendo informações das empresas de tecnologia.
Este novo estudo confirma pesquisa recente da Universidade de Nebraska, onde também obteve-se como resultado que a soja transgênica da Monsanto produzia 6% menos que sua equivalente convencional, e 11% menos que a melhor variedade de soja não GM disponível.
Na semana anterior à divulgação desta pesquisa, o maior estudo deste tipo já conduzido - A Avaliação Internacional de Ciência Agrícola e Tecnologia para o Desenvolvimento (the International Assessment of Agricultural Science and Technology for Development, em inglês) - conclui que culturas GM não são a resposta para a fome do mundo.
Segundo o professor Bob Watson, diretor do estudo e cientista chefe do Departamento para Ambiente, Alimentos e Negócios Rurais, quando questionado se os transgênicos poderiam resolver a fome do mundo, disse: "A resposta é simplesmente não."
Fonte: The Independent
Por Geoffrey Lean

Monsanto vai investir US$ 32 milhões em milho no Brasil

De acordo com a notícia de Alexandre Inácio no site da Agência Estado, a Monsanto anunciou no dia 05 de maio que investirá US$ 32 milhões em suas unidades de produção e beneficiamento de sementes de milho no Brasil. Os recursos serão aplicados integralmente até o início de 2009 e têm como objetivo melhorar a infra-estrutura de pelo menos cinco unidades da empresa no Brasil. "Nosso objetivo é atender toda a demanda do mercado interno brasileiro e também as exportações, buscando ampliar também nosso mercado externo", afirma o diretor de Manufatura da Monsanto, Marco Guimarães.

Um terço dos investimentos será aplicado na reabertura da Unidade de Itaí, no interior de São Paulo, que teve as atividades suspensas em 2006 devido à crise enfrentada pelo agronegócio. Segundo Guimarães, a unidade paulista não possui o processo completo de beneficiamento de sementes. Com o aporte de recursos, passará a ter.

Outro um terço dos recursos irá para a Unidade de Uberlândia (MG), que terá sua capacidade de produção ampliada com a instalação de uma quarta linha de equipamentos. "O restante dos recursos será aplicado nas demais unidades", afirma Guimarães, referindo-se às plantas de Santa Helena de Goiás (GO) e Cachoeira Dourada (MG) e à unidade da Agroeste de Campo Verde (MT), adquirida no ano passado.

Como resultado dos investimentos, a capacidade de produção de sementes de milho da Monsanto deverá crescer 20%. Apesar de não revelar o volume de sementes produzido, Guimarães lembra que o aumento também atenderá a demanda por milho transgênico. "Acreditamos que no plantio da safrinha de milho de 2009 já teremos produtos para colocar no mercado. Com isso, ampliaremos a linha de quase 40 híbridos de milho que já possuímos", explica.