quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Controle de natalidade? Para quê? Já temos o milho transgênico!

Estudo austríaco mostra que milho transgênico afeta a saúde reprodutiva em ratos. O estudo foi publicado ontem, dia 11 de novembro.
O estudo, que foi um dos mais longos conduzidos com alimentação geneticamente modificada, mostrou que a fertilidade dos ratos alimentados com milho GM foi altamente prejudicada, com menor descendência (até a 3ª e 4ª geração) quando comparado com os ratos alimentos com milho convencional.
Apesar dos vários trabalhos nesta área, os transgênicos continuam ganhando mais e mais espaço, invadindo nossos lares. Quem ganha com isso?
Abaixo, texto extraído do Greenpeace.

milho transgenico"Austrian scientists performed several long-term feeding trials with laboratory mice over a course of 20 weeks. One test - the so-called "reproductive assessment by continuous breeding" showed that mouse parents fed on a diet containing 33 percent of a Monsanto owned GE maize variety (NK 603 x MON 810) experienced a decrease in litter size and weight by the time they gave birth to their third and fourth litters. Mice fed on a closely-related non-GE maize had normal reproduction cycles.

Of mice and men…

The study is further evidence that the food and feed safety of GE crops cannot be guaranteed. The biotech industry is playing a game of genetic roulette with our food and with health.
The reproductive ramifications of this GE maize were totally unexpected - regulators around the world have previously considered this variety to be as safe as non-GE varieties: a potentially devastating error.
That alone should be a good enough reason to close down the whole biotech industry.

Protect consumers, not Monsanto's interests

The Austrian study should be carefully considered by food safety agencies around the world. The European Food Safety Agency (EFSA), for example, gave this same variety the "green light" in 2005, relying solely on Monsanto's data. The EFSA reported that it "considers it unlikely that NK603 x MON810 maize will have any adverse effect on human and animal health.
In effect, EFSA gave the thumbs-up to a GE variety that this latest study highlights potential danger to human health and reproduction. Clearly EFSA's GMO panel is in urgent need of reform.

Recall GE worldwide

Summarising his findings, Prof. Dr. Jurgen Zentek, Professor of Veterinary Medicine at the University of Vienna - the lead author of the study - said the differences between the mice was statistically significant, and that this effect could be attributed to the differences in food sources.
The GE maize variety in question has been approved for planting and food use in several countries, including the US, Argentina, Japan, the Philippines and South Africa. In Mexico and the EU, it has been approved for food and feed use. Considering the severity of the potential threat, Greenpeace is demanding a recall of genetically-engineered food and crops from the market, worldwide."

Fonte: Greenpeace International

Transgênicos: produtor é refém das indústrias

produtor refem dos transgenicos
Esta semana, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, disse que o pacote tecnológico de transgênicos mantém o produtor brasileiro refém da indústrias e que o custo desse tipo de produção tem crescido mais do que o das lavouras convencionais.
Os preços de custo dos [produtos agrícolas] transgênicos certamente aumentarão com a alta do dólar e isso acabará estourando no produtor.

"Por isso, temos defendido cada vez mais o uso de lavouras convencionais, com fertilizantes e adubos convencionais, que hoje estão muito mais baratos", disse Cassel.
O ministro avalia que a crise não está repercutindo nas atividades dos pequenos e médios produtores, especialmente na obtenção de créditos. Essas fontes ainda não foram atingidas e têm sido preservadas. Faz parte da estratégia do governo garantir a produção de alimentos para atravessar o período de crise, e a população mais pobre do campo produz 70% dos alimentos consumidos no país", explicou Cassel
.

domingo, 9 de novembro de 2008

Alimentos orgânicos têm mais substâncias funcionais que os convencionais

O que há muito tempo atrás já era dito pelos consumidores de orgânicos, agora está comprovado. Os alimentos orgânicos têm mais substâncias funcionais que os convencionais. Essa foi a pesquisa da Maria Rossetto do Instituto de Biociências (IB) da Unesp:

alimentos organicos"Os alimentos cultivados de maneira orgânica possuem maiores concentrações de substâncias que apresentam propriedades funcionais como ação antioxidante, anticancerígena e estimulante do sistema cognitivo se comparados aos produzidos de maneira convencional.

Esses foram os resultados de estudos desenvolvidos no Instituto de Biociências (IB) da Unesp, câmpus de Botucatu, pela pós-doutoranda Maria Rosecler Miranda Rossetto, que analisou beterraba, brócolis, oura e couve, convencionais e orgânicos, obtidos por meio de seis produtores do município de Botucatu, e pela doutoranda Suraya Abdallah da Rocha, que avaliou partes de 20 vegetais, geralmente descartadas, como cascas, folhas e talos.

Entre as substâncias estudadas pelas pesquisadoras estiveram os compostos fenólicos e flavonóides que servem para “seqüestrar” os radicais livres encontrados em excesso no organismo humano, modular enzimas do processo inflamatório e quelar metais. Além da propriedade antioxidante, que contribui na prevenção de uma série de doenças crônicas degenerativas, eles são benéficos ao sistema cognitivo e atuam como agentes anticancerígenos.

Suraya destaca que os fenóis totais foram mais elevados nas folhas de mandioca e de uva cultivadas de modo orgânico, enquanto que, no cultivo convencional, os talos, a casca de berinjela, as folhas de brócolis e rabanete, apresentaram maiores teores dessa substância.

Ainda segundo ela, em relação à quantia de flavonóides totais, algumas espécies não apresentaram diferenças significativas entre os modos de cultivo estudados, como as cascas de abóbora, berinjela, laranja e maracujá; a folha de rabanete; e os talos de brócolis e couve. Ainda, segundo ela, apenas a casca de banana, a folha de cenoura e a de uva, cultivadas de modo orgânico, apresentaram maiores teores de flavonóides.

Na couve, os níveis de flavonóides foram significativamente maiores na produção orgânica e, na beterraba, a tendência foi de mais acúmulo de compostos fenólicos na casca, talo, polpa e folha.

Sobre essas substâncias, Maria Rosecler salienta ainda que, nas ramas de cenoura a quantia de flavonóides supera em cem vezes o teor presente na polpa desse alimento.

Outra análise foi em relação aos carotenóides, pigmentos responsáveis pelas cores de frutas, raízes, tubérculos e folhas de hortaliças, que são importantes fontes de vitamina A e não têm ação cumulativa no organismo humano, além de prevenir contra o câncer.

Nesse caso, segundo a pós-doutoranda, os brócolis oriundos de sistema de produção convencional apresentaram 42% a mais de carotenóides totais em relação aos produtos de origem orgânica.

“Entretanto, quando comparados com a curva de beta-caroteno (pró-vitamina A), os brócolis orgânicos contêm cerca de 50% a mais dessa substância. O mesmo é observado para polpas de cenoura convencionais e orgânicas”, explica Maria Rosecler.

Ainda de acordo com ela, esse tipo de substância foi encontrado em maior quantidade nas folhas de cenouras orgânicas, que superam em aproximadamente 25% o valor presente no produto convencional.

Os teores de glicosinolatos, substâncias com alto potencial anticancerígeno, também foram avaliados. Os ensaios realizados apontaram que brócolis e couve cultivados sob o sistema orgânico possuem maior quantidade de glicosinolatos totais.

Também compuseram as análises as poliaminas, principalmente, putrescina, espermidina e espermina. Segundo Maria Rosecler, a alta ingestão desses tipos de poliaminas está associada à proliferação de células cancerígenas, porém, ela destaca que o consumo em doses adequadas, apresenta efeito contrário, desempenhando ação preventiva.

Nos trabalhos realizados pelas pesquisadoras, foi possível observar que os alimentos orgânicos detêm maiores quantidades de poliaminas no geral, mas esses níveis foram encontrados em valores inferiores à quantia tóxica e ao teor presente em carnes.

Para a pós-doutoranda, essas maiores concentrações nos tecidos de vegetais orgânicos podem estar associadas à resistência que essa substância confere às plantas, preservando-as dos diferentes tipos de estresse.

As pesquisas desenvolvidas por Maria Rosecler e Suraya que tiveram, respectivamente, supervisão e orientação da professora Giuseppina Pace Pereira Lima, do Departamento de Química e Bioquímica do IB, ainda identificaram menor concentração de nitrato, substância altamente carcinogênica, em plantas oriundas do sistema orgânico.

Cozimento
Maria Rosecler também analisou se há perda de carotenóides após o cozimento de beterraba, brócolis, cenoura e couve. Ela descobriu que, depois desse processo, alguns produtos orgânicos perderam menos ou passaram a apresentar maior teor dessa substância.

“Um exemplo é a polpa de cenoura que teve um aumento de 39,22%, enquanto as convencionais acumularam apenas 4%”, explica.

Em brócolis, foi constatado um aumento proporcional de carotenóides nos dois modos de cultivo. No caso da beterraba, as perdas foram menores no sistema de produção orgânico, sendo que o nível de redução de carotenos foi maior com a ampliação do tempo de aquecimento do vegetal."

Fonte: Entrelinhas

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Monsanto compra Canavialis e Alellyx - vem aí a cana-de-açúcar transgênica...

Nós estamos em guerra, mas não queremos saber.... preferimos nos manter nessa "falsa tranquilidade" para não termos que abrir os olhos e reagir - preferimos deixar para que os outros se manifestem por nós, lutem por nós... mas será que vai surgir este herói ou somos nós, o herói das nossas vidas?
A guerra atual é silenciosa... ela se dá através de grandes corporações que dominam o básico da vida: a alimentação e a água. Agora também o combustível. 
São empresas que apresentam o controle da produção de sementes, o domínio da compra e venda dos alimentos, o controle da água... enfim, são empresas, que controlam os governos, estes controlam o povo, que compram os produtos dessas empresas, aumentando o seu lucro e o seu poder.


Por que tanto alarme? Porque a Monsanto além de ser dona de grande parte das sementes (convencionais também) agora comprou 2 empresas que trabalham com cana-de-açúcar, entrando assim, no campo dos biocombustíveis... o etanol.
cana de acucar transgenica"A americana Monsanto, líder global em biotecnologia para a agricultura, anunciou nesta segunda-feira que pagará US$ 290 milhões pelas operações das brasileiras Alellyx e CanaVialis, empresas do grupo Votorantim que atuam no desenvolvimento tecnológico de variedades agrícolas, com ênfase em cana-de-açúcar.


O negócio permitirá à multinacional a diversificação de seu portfólio agrícola e também, segundo a empresa, leva em conta o potencial da cana-de-açúcar para a produção de etanol.
"A demanda global por açúcar bruto e por biocombustíveis está começando a crescer em uma velocidade maior que os níveis atuais de produção de cana-de-açúcar, uma cultura essencial para atender essas demandas", disse o vice-presidente executivo de estratégia global da Monsanto, Carl Casale, em um comunicado.

A Alellyx, empresa que atua em desenvolvimento biotecnológico desde 2002, e a CanaVialis, que trabalha com melhorias de varidades de cana-de-açúcar desde 2003, já tinham acordos com a Monsanto, firmados em 2007, para o desenvolvimento de cana resistente ao herbicida glifosato (Roundup Ready) e ao ataque de insetos, com a tecnologia Bt.
"O expertise da Monsanto combinado com os conhecimentos da CanaVialis e Alellyx vão ajudar produtores a aumentar substancialmente a produtividade em um período mais curto de tempo", declarou o diretor-executivo da Votorantim Novos Negócios, Fernando Reinach.
A CanaVialis tem contratos com 46 usinas de cana no Brasil que produzem em uma área de 1,1 milhão de hectares.

cana de acucar transgenica
A Alellyx é uma empresa pioneira na área de biotecnologia no Brasil. Ela foi fundada por um grupo de biólogos moleculares que haviam trabalhado no sequenciamento genético da bactéria Xylella fastidiosa, causadora da praga do amarelinho nos cítricos, bem como de outros organismos dentro de Projetos Genoma paulistas, brasileiros e internacionais."

Fonte: UOL/Reuters