quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Batata transgênica é vetada na África do Sul


Boletim Por um Brasil Livre de Transgênicos 464:


O Conselho Executivo (EC), órgão do governo sulafricano encarregado de decidir sobre transgênicos, rejeitou o pedido do Conselho de Pesquisa Agrícola para autorização de uma variedade de batata transgênica. O órgão citou nada menos que 11 preocupações de biossegurança, agronômicas e socioeconômicas para justificar a decisão. Estas preocupações já haviam sido apontadas pela ONG African Centre for Biosafety (ABC), que alega que as batatas transgênicas colocam riscos inaceitáveis para a saúde humana, o meio ambiente e a comunidade agrícola.
A batata transgênica é tóxica à praga conhecida como traça-da-batata. Entretanto, além dos riscos que ela representa, ela certamente traria poucos benefícios aos agricultores sulafricanos, que enfrentam problemas muito mais fundamentais como dificuldade de acesso à água e sementes -- a traça-da-batata não é um problema prioritário para a maioria dos agricultores.
Para saber mais:
Nota à imprensa do African Centre for Biosafety, 15/10/2009.
O documento elaborado pela ABC contra o pedido de autorização para a batata transgênica está disponível, em inglês.
A cartilha científica do ABC sobre a batata transgênica, também em inglês, intitulada “Hot Potato” (Batata Quente)

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

CTNBio aprova milho transgênico, sob protesto do Greenpeace

A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou a liberação comercial de duas variedades de milho geneticamente modificado e uma de algodão, além de uma vacina contra infecção intestinal de aves.
O primeiro item da pauta, uma variedade de arroz geneticamente modificado, acabou não sendo examinado porque os conselheiros concluíram que o assunto precisaria ser melhor analisado.
A reunião transcorreu em meio a um manifesto pacífico de integrantes do Greenpeace. Um grupo de quinze pessoas trajados de macacão amarelo e máscaras de gás, liderados por um manifestante com máscara da ministra da casa civil, Dilma Rousseff, entrou no auditório e se colocou entre a mesa principal e as cadeiras do auditório.
Eles seguraram uma faixa com os dizeres: "Dilma, veneno no meu prato não". O presidente da CTNBio, Walter Colli, pediu para que se retirassem da sala. Eles, porém, assistiram integralmente à reunião, em pé.

Fonte: Estadão

Fábrica da Syngenta em Paulínia tem agrotóxicos apreendidos




Foi interdita a linha de produção e apreensão de 150 mil litros do agrotóxico Priori Xtra (azoxistrobina + ciproconazole) adulterado. Esse foi o resultado da fiscalização realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta quarta-feira (21), na fábrica da empresa Syngenta, de origem suíça, em Paulínia (SP). 

Os lotes interditados eram produzidos com uma pré-mistura à base de ciproconazole sem registro. O decreto 4.074/02 determina a obrigatoriedade de registro para as pré-misturas utilizadas para a fabricação de agrotóxicos. A produção, com o uso da pré-mistura não autorizada, corresponde de 15 a 20% do agrotóxico Priori Xtra formulado pela empresa. O restante do produto é importado já formulado e apenas embalado no Brasil. 

A empresa Syngenta possui cinco dias úteis para apresentar defesa prévia. Só este ano, a Anvisa já apreendeu mais de 5,5 milhões de litros de agrotóxicos adulterados. As fiscalizações ocorrem, principalmente, quando são identificados indícios de irregularidades nos produtos acabados. 

No começo de outubro, a Anvisa já havia fiscalizado a empresa Syngenta. Na ocasião, foram interditados cerca de 1 milhão de quilos de agrotóxicos com irregularidades e adulterações. Durante a primeira fiscalização, a Agência também apreendeu documentos para análise do agrotóxico Priori Xtra, interditado ontem. Após a análise documental, foi constatada a irregularidade, a pré- mistura chegava a ficar armazenada por mais de 2 meses para depois ser utilizada para a formulação do agrotóxico. 

Não há avaliação pela Anvisa sobre o que pode ocorrer neste prazo de armazenamento com a pré-mistura. Existem misturas que podem sofrer alterações nas propriedades físico-químicas que resultam em modificações do seu perfil toxicológico. 

Fonte: Anvisa